7 de junho de 2012

Fazenda Pau Brasil - MG



 Mineiro e roça.
É tudo assim, queijo, cachaça e festa.
Na fazenda Pau Brasil tem lugar de fazer queijo, tem moinho, tem tudo mesmo que roça tem. Até a varanda boa de ficar olhando o verde, que está pra tudo que é lado.
E quando tem visita, ixi, aí é mais festa.
Era mesmo dia de festejar, porque era festa de santo.
E o melhor destas festas é acompanhar as preparações.
A casa de Kátia, virou lugar das mulheres resenhar e fazer quitutes.
E os homens nos afazeres rotineiros da fazenda.
Conheci Girlaine fazendo pasteis.
Nos levou até a sua casa. Em um lugar tão bonito!
Destes difícil de descrever, uma vilazinha, organizada, com casas que davam no mesmo quintal. Rodeada por uma floresta. Era um cenário e tanto.
Neste dia, havia fogo.
Você já ouviu o barulho de fogo na mata?
É grande e assustador.
Apesar do susto, o fogo não chegou na casas da região.
Mas destruiu troncos tão fortes, que bateu uma tristeza em todos.
Mas era dia de festa, voltamos as preparações e para as conversas fiadas.
E assim, o dia passou ligeiro, ouvindo causos, tomando café na cozinha.
E este simples texto é só para agradecer a Kátia e Agnaldo pelas acolhidas sempre inesquecíveis!


É a vida...
Algumas semanas depois da visita, fomos avisados que Girlaine morreu, de forma brutal, assassinada a enxadadas. E aí a gente descobre que na roça a vida é como em qualquer lugar, frágil e imprevisível. Mas não tem como não lembrar daquela menina sonhadora, que exibia a aliança, que abriu a porta da sua casa, e que era cheia de dúvidas sobre o futuro. E mesmo com todas as nossas diferenças (cada uma no seu mundo) nós estávamos com o mesmo medo do que estava por vir. Ela eu não sei, mas eu continuo com medo do mesmo jeito e ainda sem entender é nada da vida.   

Na foto, Girlaine, fazendo pastéis para a festa.





Santo Antônio do Itambé - MG





Energia das boas.
É um lugar que quando eu descobri
Comemorei como se fosse um tesouro.
O turismo ainda chegava bem devagar.
E as cachoeiras tão belas.
Mochilas nas costas
Duas irmãs. Eu e Carol.
E no desconhecido fomos bem recebidas.
Caminhar, caminhar.
Mas essa caminhada era acompanhada por um violão
todo enfeitado e de canções! Geraldo Azevedo, Caetano, Chico...
Todos estes caminhavam por ali, com a gente.
Chegada, cachoeira de água gelada.
O mergulho levou todo o nosso peso.
E trouxe leveza.
Era cachoeira, fogueira e violão.
Na volta o frango já havia sido encomendado.
Um pão caseiro, feito por Nyala.
Partida.
O que ficou foram os novos amigos,
E um bilhete que dizia:
“Que a luz e a boa energia do Sol estejam sempre com vocês. Namastê ”